Calar Bolsonaro virou regra, livrar Lula é rotina
Sem condenação, Bolsonaro é punido; já Lula, mesmo com histórico de corrupção, segue livre no comando do país
Por Yasmim Borges | Ester Magalhães
Confesso: é revoltante ver Jair Bolsonaro, ex-presidente da República, submetido a tornozeleira eletrônica e recolhimento noturno sem sequer ter sua culpa comprovada em última instância. Enquanto isso, Lula condenado em três instâncias por corrupção circula livre, concede entrevistas e mantém-se no comando do país, impune.
No plano externo, o presidente dos EUA, Donald Trump, reagiu com veemência, classificando o caso como “injusto” e “politicamente motivado” e exigindo a revogação imediata das medidas impostas pelo Supremo Tribunal Federal. A advertência mostra que retaliações políticas têm custo.
Ao relatar o episódio do pendrive encontrado no banheiro de casa, Bolsonaro desarmou o processo em poucas palavras: “Nunca abri um pendrive na vida, não tenho laptop em casa.” Essa espontaneidade escancara o vazio das acusações mais vingança política do que busca por Justiça.
É impossível não sentir angústia diante de tanta arbitrariedade. A confiança na Justiça se esfarela quando o rigor vale apenas para alguns. Eles podem até tentar calar Bolsonaro, mas jamais silenciarão o clamor de milhares de brasileiros que ainda acreditam na força da verdade.