Campanha destaca sinais da doença e importância de combater o preconceito para garantir acesso ao tratamento gratuito pelo SUS.

O mês de janeiro marca a campanha Janeiro Roxo, uma iniciativa que busca conscientizar a população sobre a hanseníase, doença negligenciada que ainda apresenta altos índices de casos no Brasil. Promovida pelo Ministério da Saúde e pelas secretarias estaduais e municipais, a ação tem como foco o diagnóstico precoce e o tratamento adequado, medidas cruciais para evitar complicações e a transmissão da enfermidade.

A hanseníase, causada pela bactéria Mycobacterium leprae, é caracterizada por manchas na pele que podem apresentar perda de sensibilidade, dormência e formigamento nas extremidades. Outros sinais incluem áreas ressecadas e sem pelos, além de dores nos nervos e perda de força muscular. Apesar do estigma que ainda envolve a doença, ela tem cura e o tratamento é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Especialistas reforçam a importância de buscar atendimento médico ao identificar os sintomas, já que o diagnóstico tardio pode levar a sequelas irreversíveis, como deformidades físicas. A campanha também destaca a necessidade de combater o preconceito, um dos maiores desafios enfrentados por quem vive com hanseníase.

Em 2023, o Brasil registrou mais de 18 mil novos casos, colocando o país entre os de maior incidência global. Com ações educativas e esforços integrados, o Janeiro Roxo pretende reduzir esses números e garantir acesso à saúde para todos.