Apesar da alegação do presidente, números do Tesouro Nacional mostram que Bolsonaro entregou o país com superávit, enquanto o déficit atual é resultado da política fiscal do governo petista.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a atacar seu antecessor, Jair Bolsonaro, ao afirmar que recebeu o Brasil com um déficit nas contas públicas. A declaração, no entanto, não condiz com os dados oficiais. De acordo com o Tesouro Nacional, o governo Bolsonaro encerrou 2022 com um superávit primário de R$ 54 bilhões, o primeiro saldo positivo em quase uma década.

A fala de Lula contradiz até mesmo números divulgados pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que reconheceu que o déficit atual foi impulsionado por medidas do próprio governo petista, como a ampliação de gastos e desonerações fiscais sem compensação adequada.

Economistas apontam que a gestão Bolsonaro fechou o último ano com as contas equilibradas, graças a arrecadação recorde e cortes de despesas. O rombo fiscal de 2023, projetado para mais de R$ 230 bilhões, seria consequência da política expansionista do atual governo.

As falas de Lula são vistas como uma tentativa de reescrever a narrativa econômica para justificar o fraco desempenho fiscal de sua administração. O uso político da economia gera críticas, enquanto o país enfrenta o aumento da carga tributária e o risco de novas crises financeiras.