Tarifas de 50% e reação do governo ampliam tensões bilaterais

Por: Ester Magalhães

A crise diplomática entre Brasil e Estados Unidos ganhou novos contornos após a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, medida que atingiu diretamente setores estratégicos do comércio exterior. O governo brasileiro reagiu de imediato: além de solicitar consultas formais na Organização Mundial do Comércio (OMC), anunciou um pacote de R$ 5,5 bilhões em créditos para apoiar exportadores afetados.

O conflito vai além das tarifas. Autoridades norte-americanas também criticaram decisões da Justiça brasileira, o que aumentou a percepção de ingerência política. A resposta de Brasília foi firme: o Itamaraty classificou a situação como um ataque à soberania nacional e ampliou esforços para buscar apoio de parceiros como China, Rússia e países latino-americanos.

Economistas alertam que a disputa pode colocar em risco até 1 milhão de empregos ligados à cadeia exportadora e impactar o transporte rodoviário de cargas. O impasse também gera insegurança em setores do agronegócio, tradicional motor da balança comercial.

Analistas apontam que o desfecho dependerá da habilidade diplomática de ambos os lados, mas ressaltam que a pressão interna sobre o governo brasileiro cresce à medida que trabalhadores e empresas sentem os efeitos da crise. Enquanto isso, o cenário internacional acompanha atento os próximos movimentos dessa disputa com potencial de redefinir relações bilaterais.