Estatal registra déficit de R$ 3,2 bilhões em 2024, representando metade das perdas das empresas federais e reacendendo debates sobre sua viabilidade econômica.

Os Correios registraram um déficit de R$ 3,2 bilhões, impactando o desempenho das estatais brasileiras. O prejuízo foi apontado pelo Relatório Agregado das Empresas Estatais Federais, divulgado pelo Ministério da Fazenda. O balanço reflete a situação financeira crítica da estatal, que já enfrenta desafios operacionais e de modernização.

O déficit dos Correios representa um dos principais fatores que levaram as estatais federais a um resultado agregado negativo de R$ 1,6 bilhão no primeiro semestre de 2023. Em contraste, empresas como a Petrobras e o Banco do Brasil apresentaram lucros expressivos, reforçando o abismo entre as companhias estatais lucrativas e deficitárias.

Diante da situação, especialistas destacam a necessidade de medidas urgentes para reverter o quadro da estatal, que há anos sofre com ineficiência, alta carga de funcionários e concorrência do setor privado. O governo ainda não detalhou quais estratégias serão adotadas para recuperar os Correios, mas a situação reacende o debate sobre privatização.

A crise da estatal também pode impactar a prestação de serviços essenciais, como entregas em áreas remotas, levantando preocupações sobre o futuro da companhia e seu papel estratégico no país.