Líderes latino-americanos criticam políticas migratórias, acusando os Estados Unidos de desumanizar migrantes em situação de vulnerabilidade.

As recentes políticas migratórias restritivas dos Estados Unidos reacenderam a indignação de lideranças progressistas na América Latina. As ações de deportação em massa têm sido denunciadas como um retrocesso no compromisso com os direitos humanos, especialmente diante dos discursos de acolhimento promovidos pelo governo norte-americano.

Líderes como Gustavo Petro, da Colômbia, e Andrés Manuel López Obrador, do México, destacam que as medidas violam os direitos humanos e ignoram as condições de vulnerabilidade enfrentadas pelos migrantes em seus países de origem. “O combate à migração irregular não pode ser uma desculpa para desumanizar pessoas que buscam sobrevivência e melhores condições de vida”, declarou Petro em evento recente.

Por outro lado, analistas argumentam que as medidas refletem um esforço de equilíbrio político, visando atender às demandas de setores conservadores nos EUA sem abandonar compromissos globais. Entretanto, entidades de defesa dos direitos humanos destacam que o impacto social é devastador, com deportações afetando famílias inteiras e crianças desacompanhadas.

Os governos latino-americanos pedem a construção de uma agenda multilateral que aborde as causas estruturais da migração, como a desigualdade econômica e a instabilidade política. O debate sobre o tema expõe fissuras nas relações diplomáticas entre os países da região e os EUA, reforçando a necessidade de uma abordagem mais humanitária e integrada.