Drone do Cerrado | inovação que mostra como a educação pode salvar o futuro

Publicado em: 30/09/2025 11:34

Projeto da Escola do Futuro em Santo Antônio do Descoberto prova que soluções simples podem enfrentar desafios ambientais gigantes

A criação de um drone batizado de “Beto”, desenvolvido por alunos e professores da Escola do Futuro de Goiás em Santo Antônio do Descoberto, é mais do que um avanço tecnológico: é um recado claro de que educação e inovação podem caminhar juntas para mudar realidades. Em meio ao cenário preocupante de queimadas e devastação do Cerrado, ver jovens engajados em soluções criativas para o reflorestamento é, ao mesmo tempo, inspirador e um alerta. Inspirador porque mostra que é possível fazer muito com pouco, já que o custo de produção do protótipo foi de apenas R$ 50. E alerta porque evidencia como falta, por parte do poder público, mais investimento em iniciativas que poderiam estar espalhadas por todas as escolas do Brasil.

O “Beto” funciona como dispersor de sementes, uma ferramenta que pode acelerar a recuperação de áreas degradadas ou de difícil acesso. É uma tecnologia acessível, sustentável e aberta, pronta para ser replicada. Mas a questão que fica é: se uma escola pública conseguiu desenvolver algo tão útil, por que não vemos projetos semelhantes sendo implementados em larga escala? A resposta, talvez, esteja na falta de prioridade dada à ciência e à educação em nosso país.

Esse exemplo de Goiás deveria servir como modelo nacional. Não se trata apenas de inovação em laboratório, mas de formar cidadãos conscientes, capazes de usar o conhecimento para transformar sua comunidade e, quem sabe, o mundo. O Cerrado, tão maltratado por queimadas e avanço desordenado, agradece. O Brasil também deveria agradecer e investir.

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