Prorrogação para conclusão de obras frustra beneficiários e preocupa setor da construção civil, que teme impacto nos investimentos.

O governo do Lula prorrogou os prazos para a conclusão das obras do programa Minha Casa, Minha Vida, ampliando a espera de milhares de famílias pelo imóvel próprio. A decisão, oficializada por meio de portaria publicada no Diário Oficial da União, gerou insatisfação entre beneficiários e acendeu um alerta no setor da construção civil, que teme insegurança jurídica e impacto nos investimentos.

A justificativa do governo do Lula é evitar paralisações e garantir que empreendimentos inacabados sejam finalizados. No entanto, especialistas apontam que a medida pode resultar em atrasos ainda maiores, comprometendo a credibilidade do programa e afetando o planejamento de empresas responsáveis pelas obras.

Entre os beneficiários, o sentimento é de frustração e indignação. Muitos alegam já enfrentar dificuldades financeiras pagando aluguel enquanto aguardam a entrega das moradias. Parlamentares da oposição criticam a prorrogação e cobram mais eficiência na gestão do programa, argumentando que, em vez de estender prazos, o governo deveria acelerar as entregas.

O Ministério das Cidades defende a medida como necessária para evitar desperdícios e garantir a continuidade dos projetos. No entanto, a decisão segue gerando questionamentos e pode afetar a confiança no programa habitacional.