Apesar da desaceleração dos preços metas continuam fora do alcance e desafios econômicos se acumulam

Por: Ester Magalhães 

A mais recente projeção do Boletim Focus indica que a inflação no Brasil recua, mas ainda caminha longe da meta estabelecida. A previsão do IPCA para 2025 caiu para 5,46%, porém o teto da meta é 4,5%. Isso significa que, na prática, o bolso do brasileiro continuará sentindo os efeitos da alta generalizada dos preços por mais tempo.

O cenário só tende a se normalizar em 2026, segundo analistas, o que evidencia que a economia brasileira ainda patina em problemas estruturais. Juros altos continuam sendo a principal arma do Banco Central para conter a inflação, mas essa estratégia tem custo: trava o crescimento, desestimula o consumo e encarece o crédito.

Enquanto isso, o governo insiste em medidas pontuais que não atacam o cerne do problema, a ineficiência fiscal e a falta de reformas estruturantes. Reduzir a inflação sem cortar gastos públicos e sem gerar confiança nos investidores é como enxugar gelo.

O brasileiro precisa de mais que previsões técnicas, precisa de planejamento, responsabilidade e políticas duradouras. A inflação pode até estar recuando, mas a instabilidade econômica e a incerteza sobre o futuro continuam pesando no dia a dia de quem vive do salário suado.