Conta de luz pressiona índice, e famílias ainda sentem no bolso o custo da alta de preços
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial, registrou alta de 0,26% em junho. O resultado representa uma desaceleração em relação a maio (0,44%), mas ainda mantém o acumulado em 12 meses em 5,27%, acima do teto da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional, de 4,5%.
O aumento nas tarifas de energia elétrica foi o principal fator de pressão, com alta de 3,29% no mês. Por outro lado, o grupo de alimentação e bebidas teve leve queda de 0,02%, com recuos nos preços do arroz, ovo de galinha e tomate. Apesar disso, os custos com habitação e transportes continuam em alta e comprometem o orçamento das famílias brasileiras.
Em resposta ao cenário persistente de inflação elevada, o Banco Central elevou a taxa Selic para 15% ao ano, sinalizando uma possível pausa nos ajustes, mas sem descartar novas altas caso as expectativas não se alinhem à meta.
As projeções da autoridade monetária indicam que a inflação só deve se aproximar da meta em 2027. Até lá, o desafio será equilibrar o controle inflacionário com a retomada do crescimento econômico, em um ambiente de juros altos e consumo retraído.
A queda no ritmo da inflação traz algum alívio, mas o custo de vida segue elevado e exigindo cautela por parte dos brasileiros.