Lula debocha de Trump e ignora crise econômica
Em vez de reagir com firmeza às tarifas dos EUA, presidente trata retaliação comercial como piada de truco
Por Yasmim Borges
Em vez de enfrentar a dura realidade de mais uma retaliação econômica contra o Brasil, Lula (PT) escolheu a velha estratégia do palanque: bravata e deboche. Diante do aumento de 50% nas tarifas americanas sobre produtos brasileiros, decretado por Donald Trump, o presidente preferiu zombar da situação. “Se ele estiver trucando, vai tomar um seis”, disse, como se estivesse jogando cartas no boteco da esquina e não lidando com um conflito comercial de alto impacto.
Trump agiu com clareza. Disse que o Brasil tem se beneficiado de vantagens desiguais e impôs a tarifa como correção. Está errado? Não parece. Afinal, enquanto os Estados Unidos mantêm foco em proteger seus interesses, o Brasil segue sendo comandado por discursos vazios, piadinhas mal ensaiadas e tentativas de se esquivar da responsabilidade com metáforas baratas.
No mesmo discurso, Lula ainda acusou Trump de fazer “ameaças públicas” pelas redes sociais, criticou o canal de comunicação usado pelos EUA (um site oficial, veja só) e tentou, sem sucesso, colar a conversa em sua proposta de regulação das redes. De novo, desviando o foco. Disse que mandou carta, que fez reuniões, que está disposto ao diálogo. Mas, até agora, a única resposta que recebeu foi o aumento da tarifa. E com razão.
Enquanto o agronegócio é golpeado, a indústria sente o baque e investidores recuam, Lula segue brincando de líder, como se governar fosse subir no palanque e lançar bordões. O problema é que, nesse teatro, quem perde não é ele é o Brasil.
Se depender de Lula, a próxima reunião com os EUA será numa mesa de truco, com bandeira vermelha e piada pronta. Diplomacia? Só se vier com cachaça e plateia.