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Lula finge acompanhar o caos, mas só reage quando é tarde

Publicado em: 06/10/2025 16:32

Presidente tenta demonstrar preocupação com tragédia do metanol, mas sua postura tardia e desconectada da realidade escancara o velho hábito de agir só depois que o problema explode

Por Yasmim Borges

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que o presidente Lula “acompanha de perto” os casos de intoxicação por metanol no Brasil. Mas basta olhar o cenário para perceber que essa frase é mais uma daquelas jogadas políticas para acalmar a opinião pública. Se Lula realmente acompanhasse algo de perto, o país não estaria em meio a um escândalo que já tirou vidas, causou medo e escancarou a falta de controle do próprio governo.

É sempre o mesmo enredo: o problema surge, ganha destaque nas manchetes, e só então o presidente aparece com discurso de preocupação. Quando o estrago já está feito, ele se mostra “solidário”, fala em providências e promete que vai resolver. Mas o povo já sabe que essas promessas chegam sempre atrasadas. O governo não age por prevenção, age por pressão.

A suposta atenção de Lula à crise do metanol não passa de encenação. Enquanto ele diz estar “acompanhando de perto”, o país segue lidando com o resultado de anos de descuido e de uma gestão que prefere discursos a atitudes. Não há planejamento, não há resposta rápida e, pior, não há empatia real. O presidente parece viver em um mundo paralelo, onde bastam palavras para apagar tragédias.

O que se espera de um líder é que antecipe os problemas, não que finja surpresa quando eles se tornam manchete. Um governante que realmente se importa com o povo não espera o caos para agir. Mas Lula tem o hábito de aparecer apenas quando a situação se transforma em escândalo. Foi assim em várias crises: demora para reconhecer, demora para agir, e, quando fala, é sempre tarde demais.

Enquanto isso, as famílias das vítimas ficam com o vazio das perdas e com a revolta de ver um governo que prefere o teatro à responsabilidade. Lula pode tentar se mostrar preocupado, mas quem acompanha o país de verdade sabe: ele só reage quando o caos já tomou conta. E quando isso acontece, o dano já é irreversível.

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