Enquanto Trump pressiona o país, Lula adota postura branda e evita confronto direto em defesa da economia nacional

Por: Ester Magalhães

Donald Trump anunciou uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. A justificativa? O julgamento de Jair Bolsonaro. A resposta do Brasil? Um discurso protocolar do presidente Lula, mais preocupado em posar como “estadista da paz” do que em defender os interesses nacionais com firmeza.

É curioso ver Lula tão zeloso pela soberania agora, quando já se meteu em assuntos internos de países vizinhos  como no caso da ex-presidente argentina Cristina Kirchner, condenada por corrupção, que ele saiu em defesa segurando cartaz.

Enquanto isso, o agronegócio, setor que sustenta boa parte da nossa economia, observa calado, talvez porque sabe que, no atual governo, é mais fácil defender ditaduras amigas do que exportadores brasileiros. A tarifa de Trump é grave, sim. Mas mais grave é um governo que não inspira confiança nem nos parceiros comerciais, nem nos próprios cidadãos.

No fim, Lula se apresenta ao mundo como defensor da democracia, mas evita bater de frente com líderes quando isso exige coragem política. O Brasil paga a conta e o presidente continua sorrindo para as câmeras.