MST critica Lula e classifica reforma agrária como “ridícula”
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Militantes do movimento se reuniram com o presidente no Palácio do Planalto para cobrar mais agilidade nos assentamentos e pressionam o governo a cumprir promessa de campanha.
Militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) se reuniram nesta quinta-feira (30) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, para cobrar avanços na reforma agrária. Os invasores classificaram como “ridículo” o andamento das medidas de assentamento no atual governo, reforçando a cobrança pelo cumprimento da promessa de campanha histórica do petista.
O coordenador nacional do MST, João Paulo Rodrigues, foi direto ao afirmar que o movimento não aceita a morosidade no processo. “Não queremos mais discutir como será feita a reforma agrária, queremos que ela aconteça. Não podemos terminar o ano com apenas 1,5 mil famílias assentadas”, declarou.
A reunião contou com a presença do ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, além de César Aldrigh, presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), e Edegar Pretto, presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O MST tem pressionado o governo para atingir a meta de assentar 100 mil famílias, número considerado fundamental para o avanço da política agrária no país.
Ceres Hadich, também coordenadora do MST, revelou que Lula deve visitar um acampamento de reforma agrária até fevereiro. Estados como Pernambuco e Minas Gerais foram mencionados como possíveis destinos, mas a agenda oficial ainda não foi divulgada pelo Planalto.