Líder do governo no Congresso diz que novo presidente do Senado vai “ajudar Lula a cuidar do Brasil”.

A recente eleição de Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) à presidência do Senado, com expressivos 73 votos, marcou não apenas um consenso raro na Casa, mas também a reconciliação pública entre ele e o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP). Após anos de distanciamento político, os dois senadores do Amapá selaram a reaproximação com um abraço e um beijo, gesto que simboliza a intenção do governo Lula de fortalecer alianças no Legislativo.

Randolfe destacou a importância de ter um amapaense na liderança do Senado, afirmando que Alcolumbre “vai ajudar o presidente Lula a cuidar do Brasil”. A relação entre os dois, que remonta a 2014, havia se deteriorado em 2019 devido a divergências políticas, mas foi restabelecida em 2023 diante da necessidade de união contra o avanço de adversários políticos no estado.

A eleição de Alcolumbre contou com apoio tanto de governistas quanto de oposicionistas, incluindo o Partido Liberal (PL), que, estrategicamente, decidiu respaldar sua candidatura visando maior representatividade nas comissões permanentes do Senado. Com a presidência de Alcolumbre, espera-se uma continuidade no diálogo entre o Legislativo e o Executivo, essencial para a aprovação de pautas prioritárias, como o Orçamento.

Em seu discurso de posse, Alcolumbre enfatizou a harmonia entre os Três Poderes e a necessidade de respeitar as prerrogativas do Legislativo, sinalizando uma postura de colaboração, mas também de independência em relação ao Executivo. A união entre Alcolumbre e Randolfe reforça a influência do Amapá na política nacional e indica uma fase de cooperação no Senado.