Julgamento no STF já nasceu com condenação pronta e virou espetáculo político contra o ex-presidente

Por Yasmim Borges

O julgamento de Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal é um retrato fiel da politização da Justiça no Brasil. Ao invés de cumprir seu papel de relator e se limitar a expor os fatos, Alexandre de Moraes transformou a leitura do relatório em um discurso militante, carregado de adjetivos e pré-julgamentos. O sorriso no final apenas confirmou aquilo que milhões de brasileiros já enxergam: a sentença está escrita antes mesmo da defesa ser ouvida.

Bolsonaro, mais uma vez, é tratado não como réu em busca de julgamento justo, mas como inimigo político a ser derrotado. O STF, que deveria garantir equilíbrio e imparcialidade, escancara seu lado e se coloca como ator principal de uma perseguição sem precedentes. O processo, que deveria ser um momento de seriedade, se converte em teatro, com plateia, roteiro e final previsível.

O sorriso de Moraes não foi um gesto banal. Foi o símbolo de um tribunal que perdeu a credibilidade ao usar a toga para atacar adversários políticos. No centro desse espetáculo, Jair Bolsonaro se torna alvo de um julgamento que diz mais sobre o poder da Corte do que sobre a verdade dos fatos.