Trump pressiona Hamas e paz em Gaza se aproxima
Negociações mediadas por Trump e Egito reacendem esperança de cessar-fogo e encerramento da guerra que já dura dois anos
Nesta terça-feira, 7 de outubro de 2025, completam-se dois anos do ataque do grupo Hamas a Israel episódio que ficou marcado como o “11 de setembro israelense” e redefiniu a geopolítica do Oriente Médio. Desde então, a região vive uma sequência de confrontos e tentativas de negociação, mas agora, sob a mediação do ex-presidente norte-americano Donald Trump e do governo do Egito, o mundo acompanha com expectativa o possível desfecho de um acordo histórico de paz.
Fontes diplomáticas afirmam que Trump teria dado um ultimato ao Hamas, exigindo a aceitação de um plano de 20 pontos que prevê cessar-fogo imediato, desmilitarização total do grupo, libertação de reféns e criação de um governo de transição em Gaza com supervisão internacional. O Egito, que há meses tenta mediar o diálogo, distanciou-se recentemente do Hamas, o que aumentou a pressão sobre o grupo. O movimento islâmico, enfraquecido militarmente e isolado politicamente, ainda mantém 24 reféns vivos e os corpos de 35 mortos.
A proposta norte-americana ganhou força também por contar com o apoio de países árabes como a Arábia Saudita, que vêm pressionando o Hamas a aceitar os termos. Esses governos avaliam que a continuidade do conflito compromete a estabilidade regional e ameaça interesses econômicos e diplomáticos que dependem de um Oriente Médio pacificado.
Segundo analistas internacionais, a ofensiva israelense desmantelou boa parte da rede de apoio militar ligada ao Irã, enfraquecendo as frentes do Hezbollah, dos Houthis e do próprio Hamas. Sem condições de resistir a uma nova escalada militar, o grupo terrorista estaria buscando uma saída que garanta a sobrevivência política de seus líderes, mesmo que isso implique em abrir mão do controle armado sobre Gaza.
Trump, por sua vez, vê no acordo uma oportunidade de consolidar sua imagem de líder global e negociador decisivo, meses após retomar o comando da Casa Branca. A expectativa em Washington é de que um anúncio possa ocorrer ainda nesta semana, aproveitando o simbolismo da data e a pressão internacional crescente.
Caso as negociações avancem, Israel deverá suspender operações na Faixa de Gaza e permitir o envio de ajuda humanitária às áreas devastadas. Em troca, o Hamas se comprometeria com a libertação de todos os reféns e a entrega de armas pesadas a observadores internacionais.
Se confirmada, a trégua representará o maior avanço diplomático na região desde os Acordos de Oslo, em 1993. Ainda que a desconfiança permaneça de ambos os lados, a aproximação inédita entre Egito, Arábia Saudita, Israel e Estados Unidos reacende uma esperança que parecia perdida: a de que a paz no Oriente Médio, pela primeira vez em décadas, esteja realmente ao alcance das mãos.
