Uso de cigarros eletrônicos avança em 2025
Facilmente acessíveis, os vapes preocupam especialistas e expõem jovens a riscos graves à saúde
O uso de cigarros eletrônicos, os chamados vapes, tem avançado de forma acelerada no Brasil, especialmente entre jovens. Em 2025, uma pesquisa da Unifesp revelou que 8,7% dos adolescentes entre 14 e 17 anos relataram ter usado vape no último ano. Entre os adultos, o número chegou a 2,6%, segundo dados do Inca, representando um crescimento de 24% em relação ao ano anterior.
Embora proibidos pela Anvisa desde 2009, os dispositivos são facilmente adquiridos pela internet. Mais de 70% dos jovens afirmam não ter dificuldade para encontrá-los, segundo o levantamento Lenad III. A aparência moderna, os sabores variados e a falsa ideia de que são menos prejudiciais que o cigarro comum são alguns dos fatores que atraem os usuários.
O perigo, no entanto, é real. Especialistas alertam para os altos níveis de nicotina, metais pesados e substâncias tóxicas presentes nos vapes. Além da dependência, os dispositivos estão ligados a doenças respiratórias graves e ao aumento de casos de EVALI lesão pulmonar causada por seu uso contínuo. Em 2025, o Ministério da Saúde passou a recomendar que médicos registrem essa condição em atestados de óbito.
Diante do avanço desse hábito nocivo, cresce a pressão por políticas públicas mais firmes, fiscalização nas vendas online e campanhas educativas voltadas à juventude.